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Era uma vez...

Pronto para a escola

Era uma,

duas, três...

     Assim começam muitas histórias desde bem antes do tempo da carochinha. Contar histórias faz parte da nossa tradição oral, mas com o surgimento da escrita as histórias se perpetuam pelo tempo. E os narradores povoavam o nosso imaginário com seres mágicos e enredos repletos de heróis e vilões em suas batalhas.

Você sabia que os contos não foram criados apenas pelo imaginário popular?

    Pois é! Historiadores afirmam que nos enredos dos contos de fadas contem muito do realismo de cada época e local de onde eles surgiram. As narrativas eram pautadas em acontecimentos reais colhidos pelo povo e transformados em histórias, de onde podemos compreender todo um contexto social, político, econômico e cultural em que elas estavam inseridas. Então os contos de fadas foram transmitidos de uma geração para outra passando por algumas alterações, mas, carregando em si seus significados sociais, culturais, ideológicos e psicológicos de sua época.

Vamos pensar?

    Quando hoje, em pleno século XXI, recontamos os contos de fadas para as nossas crianças, como “Os Três Porquinhos”, “Cinderela”, “João e Maria”, dentre outros, sabemos ou lembramos que estas histórias estão fundamentadas num contexto histórico, social, político e cultural de séculos atrás?

Criança lendo na grama

Analisando o conto "João e Maria"

   A história "João e Maria" foi criada e repassada oralmente na Idade Média, período em que a fome era algo que castigava enorme parte da população, em que era elevado o índice de morte no parto e existia o canibalismo. Mais adiante em 1812, já no século IXX, é publicado pelos irmãos Grimm uma coletânea de contos populares. 

 

   Conforme o historiador Leandro Karnal na época da Idade Média a criança tinha a infância ignorada, vivia à margem da sociedade e sofria atrocidades. “As crianças eram vestidas como adultos, trabalhavam como adultos, podiam ser torturadas ou executadas e se houvesse um naufrágio salvava-se primeiro o homem, secundariamente uma mulher e se sobrasse tempo, salvava a criança. Tudo isso está contido na história de João e Maria parte de uma história muito antiga do século XIV, no qual dois pais resolvem abandonar dois filhos na floresta porque não tem comida suficiente. Ou seja, os pais daquela época decidem que não havendo comida, deve-se sacrificar as crianças e não aos pais.”

 

   Também naquela mesma época era comum por esse motivo as obras de arte retratarem imagens de crianças de vestidas como adultos e várias também de crianças de mãos dadas com a “morte”, dado o alto índice de mortalidade infantil. Motivo pelo qual não era “aconselhável” os pais desenvolverem afeição por suas crianças posto que era arriscado elas morrerem. As crianças eram tratados na Idade Média como adultos imbecis.

 

O que está por traz dessa História?

 “João e Maria” traz para as nossas crianças uma história de “aventura”

pautada em abandono, mentira, roubo, sequestro, canibalismo e assassinato.

Menina sorridente com livro

    Como? É isso mesmo. Infelizmente são essas as ações “instintivas” contidas em “João e Maria” que fortalecemos na memória das nossas crianças a cada vez que as contamos, como se fosse tudo natural e aceitássemos tais atitudes.

 

A Cultura do Medo e as Emoções

   Ainda que expliquemos para a criança que dentro desta e de outras histórias uma ou outra atitude do personagem está errada, qual o sentido de submetê-la a esse conteúdo nos dias de hoje? O que sente e absorve uma criança, em sua tenra idade, sem qualquer maturidade, quando é exposta a estas cenas? Quais emoções são suscitadas e com qual intuito o fazemos? O que registra em sua memória?

 

   Ao longo de gerações repetimos essa e muitas outras histórias e também por elas somos impregnados de crenças limitantes, nos atolamos nos paradigmas e nos habituamos a reagir instintivamente às situações cotidianas.

 

    Submersos nessa cultura de medo e violência que perpetua há gerações não conseguimos gerir nossas emoções e isso atinge atualmente nossa sociedade, em todas as faixas etárias. O toma lá dá cá, o jogo dos instintos de sobrevivência de outrora, já não cabem mais. Já não aceitamos mais as atrocidades do tempo de “João e Maria”. Então porque continuamos a repassar essa história adiante?

O que diz a Neurociência...

  Conforme a Programação Neuro Linguística (PNL) nós aprendemos por dois caminhos: Repetição ou Impacto de forte emoção. Então quando contamos uma história para uma criança temos uma grande responsabilidade. O que desejamos que ela aprenda?

    A PNL explica que nossa mente é dividida em duas partes: 5% Consciente (com a função de organizar, julgar, decidir, discernir, raciocinar, dividir, multiplicar, etc); e 95% Inconsciente (com a função de controlar todo o sistema do corpo humano (órgãos, movimentos, reações, percepções externas não captadas pelo consciente e armazenar memórias a partir das experiências vividas).

A maior parte da nossa mente é Inconsciente (95%) e NÃO FAZ diferença entre o que é

REAL e ou IMAGINAÇÃO!

Para a nossa mente TUDO É REAL!

Cavalo fantasia

    Como é? Vamos lá! Imagine que você tem um limão suculento e uma faca em suas mãos. Sobre um prato você corta o limão e espreme num copo. Seu corpo respondeu com a salivação, certo? No momento em que você imaginou, a sua mente acreditou e tomou essa experiência como real.  Pense comigo: Se esse simples experimento hipotético é capaz de interagir com o inconsciente de um adulto dotado de sua razão, imagine o que somos capazes de ocasionar na mente de nossas crianças através das “verdades” contidas nas histórias infantis, que contamos e recontamos sem parar pra pensar no texto, no contexto e nos impactos?

  Uma pesquisa feita no campo da vibrações energéticas através da uso de palavras, pensamentos e ações positivas ou negativas e seus impactos nos chama a atenção. A pesquisa realizada no Japão pelo cientista Masaru Emoto, foi colocada em prática pela professora de educação física Ana Paula Frezatto Martins em Curitiba (https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/palavras-de-amor-eodio-fazem-parte-de-experiencia-e-mudam-forma-de-arroz-em-escola-do-parana.ghtml).

 

  A professora decidiu provar aos seus alunos os poderes positivo e negativo das palavras. Ela fez um experimento usando dois potes de arroz cozido. Para um, foram ditas palavras positivas e para o outro, negativas.

 

  No pote "do amor" (as crianças falavam palavras que gostariam de ouvir dos professores, da família e da sociedade em geral: vocês são especiais, conseguem fazer qualquer coisa, têm capacidade e inteligência), o arroz fermentou naturalmente.

 

  No pote "do ódio" (você não servia para nada, que era imprestável, burro e que não conseguia fazer nada de bom) os grãos emboloraram. “Apenas uma palavra, é possível estimular e afagar uma pessoa, assim como pode magoá-la e prejudicá-la”.

Diante desses conhecimentos faz-se necessário a reflexão. Com qual intuito ainda repassamos essas histórias para nossas crianças?

 

Crianças aprendendo

Desconstruir para Reconstruir!

     E se pudéssemos desconstruir as clássicas histórias infantis e reconstruí-las de forma a auxiliar as nossas crianças a desenvolver sua inteligência emocional e contribuir para a cultura de Paz? 

    Aqui propomos a desconstrução de obra literária pautada na cultura de violência contida em “João e Maria” do século XIV e a reconstrução de uma obra literária infantil / infantojuvenil de Releitura de Paz do século XXI, que colabore positivamente para a promoção da Paz, através do estímulo a empatia, reciprocidade, gratidão, criatividade, reflexão e a não-violência.

 

    Mas então que versão nova seria essa? Propomos uma releitura que nos suscita a reflexão quanto o nosso olhar sobre o outro. Uma história que nos mostra que é possível desenvolvermos a capacidade de ver o outro para além das suas "máscaras", as quais muitas vezes nos fazem enxerga-las com más, quando na verdade apenas mascaram uma grande dor. Dor do abandono, do medo, da raiva, da solidão e tantas outras dores que nos fazem sentir vergonha de nossos próprios comportamentos, a depender dessa ou daquela situação em que nos envolvemos. 

A Modelagem

e as Habilidades Emocionais 

Mãe e filha trabalhando

   Com essa Releitura de Paz de "João e Maria" propomos o estímulo ao desenvolvimento das habilidades emocionais, já citadas, como empatia, reciprocidade, gratidão, criatividade, reflexão e não-violência. Essas habilidades emocionais auxiliam nossas crianças na criação de relações mais saudáveis e harmoniosas, seja na escola como na sociedade em geral, através do processo de identificação com as situações presentes nessa releitura, as quais podem Espelhar/Modelar um comportamento mais criativo, empático e pacífico à cada situação vivenciada. 

Os Projetos Culturais Premiados

    Enquanto artistas compreendemos nossa responsabilidade ao lidar com este público específico e com a Arte, essa eficaz máquina de entretenimento, de propagação de ideias, capaz auxiliar no processo do educar na abordagem dessa temática sutil, ousada e transformadora, a Paz, tema esse que permeia os desejos de tantas famílias seja ela qual for a classe social. 

   Assim no desejo de compartilhar com outros artistas, pais, mães, avós, tios e educadores, dessas reflexões e ideias através da Arte, da ação lúdica da Literatura, do Teatro, Artesanato, criamos dois projetos culturais sócio-culturais-educativos:

 "João e Maria"

Este projeto foi agraciado com o VIII Edital das Artes da SECULTFOR, na categoria Literatura que visa a Publicação e Lançamento do Livro "João e Maria" Uma Releitura de Paz, de Drycca Freitas.

"Conto e Reconto"

Este projeto foi agraciado com o Edital Aldir Blanc da SECULTCE, na categoria Arte Livre, que visa a Criação da  Exposição Multissensorial "João e Maria" e Exibição ao Ar Livre em 04 Praças Públicas de Fortaleza. 

     Estes projetos são compostos por uma programação gratuita que irão beneficiar crianças, pais, educadores e público geral. Toda a Programação Cultural que deveria ser realizada nos espaços Públicos de Fortaleza de forma presencial, foi readequada e será realizada no Formato Virtual e Gratuito, disponibilizada no Site Palco de Paz e nos Canais do Instagram, YouTube e Facebook. Para tanto, unimos as Ações Culturais de ambos os Projetos de forma a melhor beneficiar todo o público. 

Maria e passaro.png

Programação
Online e Gratuita

João e Passaro.png
  • Lançamento e Publicação do Livro Infantil "João e Maria" de Drycca Freitas;

  • Exposição Virtual com Contação de História "João e Maria";

  • Lives Palco de Paz, com a Autora Drycca Freitas e Convidados;

  • Lançamento de Audiolivro "João e Maria";

  • Oficinas de Gostosuras e de Paper Toy "João e Maria";

  • E-book de Atividades lúdicas para crianças (PDF);

  • Doação de 120 Livros para 30 Escolas Públicas de Fortaleza;

  • Programação Fechada destinada às Escolas Públicas e Particulares.

Confira todas as datas e links na nossa Agenda!

Cultivar a Paz

através da mudança de hábitos e atitudes

é um investimento em nosso próprio futuro!

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